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Por que eu escolhi uma faculdade "desconhecida"?

  • João Pedro
  • 8 de mai. de 2016
  • 3 min de leitura

O que eu vou tratar hoje possivelmente você ainda não viu nenhum artigo que trata disso. Por que eu escolhi uma faculdade que para muitos é desconhecida? Qual foi o impacto da minha decisão sob os olhos de amigos, conhecidos e pessoas externas à minha realidade?


Para quem não sabe, eu acabei de sair do Ensino Médio. Sou de humanas. Gosto de administração, direito, economia, relações internacionais e várias outras humanidades.


Em 2015 estava eu no meu terceiro ano do EM, mexendo com meus projetos, estudando um pouco menos que o ideal, mas estudando. Pensava em prestar USP, Unesp, Unicamp e fazer a prova do ENEM. Mas tinha uma questão: em qual universidade jogar minha nota do ENEM? Até então não havia encontrado nenhuma que eu me identificasse, seja pelo foco, seja pela grande.


Queria, pelo ENEM, administração de empresas (até então). Na USP e Unicamp também. Já na Unesp, Relações Internacionais. Mas em dezembro descobri que havia um curso excelente numa universidade menor, a 2 horas da minha cidade. Que se encaixava exatamente na proposta que eu queria, que é de um curso aberto a novas possibilidades, ou seja, um interdisciplinar. A faculdade que oferece é pública, federal, de graça. A partir dai comecei a cogitar a possibilidade de ir para lá.


Mas tinha uma questão: a Universidade Federal de Alfenas não tinha nome. Comecei a pensar se isso realmente fazia a diferença. Analisei casos de pessoas hoje bem sucedidas e notei que há fracassos por parte de alunos da USP (inclusive de conhecidos meus) e conquistas por parte de alunos de faculdades pequenas, públicas ou privadas. Ok, desisti de fazer a segunda fase da Unesp e da Unicamp, que tinha passado relativamente bem classificado. A primeira fase da USP nem cheguei a fazer.


Mas e o curso, o principal motivo da minha escolha? É divido em dois ciclos, o primeiro é denominado de BICE (Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Economia), em que você estuda de tudo um pouco e tem duração de 3 anos. O segundo é o curso de sua preferência, que pode ser Economia com ênfase em controladoria, Administração Pública ou Ciências Atuariais (aliás, isso está me fazendo cogitar a possibilidade de mudar de Economia para Administração Pública haha, esta interdisciplinariedade).


Mas o ponto central é: qual foi o impacto social da minha decisão?


Choveu perguntas do tipo “Mas você não ia prestar para a faculdade X?”, “Era o curso que você queria mesmo?” (dando a entender que: era o curso que eu queria mesmo ou joguei a nota pelo SISU onde deu?) e “Era a faculdade que você queria mesmo?”.


Não posso ser arrogante e dizer que “Eu poderia ter ido para outras mas não fui”. De fato, sim. Mas a questão é que escolhi uma menor muito mais pelo quadro de professores e pelo plano de estudos, que pelo nome dela. E acredite: esta cultura não está instalada no Brasil mas em países como EUA, está amplamente difundida. O aluno aplica para a faculdade que melhor se encaixa no seu perfil acadêmico e profissional.


Então, vá para onde você se encaixa, para onde vai se sentir bem. Não importa se o lugar que você irá estudar tem nome. Você será bem sucedido no seu campo de atuação se se esforçar. Lembra-se: há fracassos por parte de alunos da USP e sucessos por parte de alunos de faculdades menores.

Meu e-mail para contato: joao.pereira@thejournalists.net

-- Depoimento de João Pedro Pereira (Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Economia na Universidade Federal de Alfenas)

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