Carreira? Ãn?
- Maria Eduarda Santana
- 3 de dez. de 2015
- 3 min de leitura

Ahhhhh, eu passei meses com essa dúvida! Infelizmente é muito complicado escolher um curso nessa idade (17-18), até porque, em geral, o que se estuda de fato em cada curso não é amplamente difundido.
O que eu recomendo é falar MUITO com pessoas que façam os cursos que você está em dúvida. Por exemplo, eu falei com pessoas de vários cursos até me decidir. Principalmente fale com pessoas que fazem o curso na universidade que você quer fazer, porque há variações de faculdade pra faculdade. Às vezes em algumas faculdades o curso é mais ortodoxo, a metodologia é diferente, coisas do tipo, e realmente vale a pena conferir. Além disso, algumas são mais acadêmicas e outras são mais ‘’de mercado’’. Outra mudança é na grade horária, alguns cursos de Direito, por exemplo, trazem direito internacional para os primeiros semestres, outros deixam mais para o final. Outra coisa interessante para quem quer fazer Direito é que algumas faculdades focam mais no mercado e no ramo empresarial (como a FGV) e outras são mais teóricas ou tem outra pegada na metodologia. Um último exemplo: algumas universidades de Engenharia tem mais foco no mercado (como a Usp), outras tem um lado acadêmico mais forte (como a Unicamp). Enfim, tudo isso para recomendar fortemente que você converse com pessoas da faculdade que você quer fazer!!
E, mais importante que tudo isso, avalie bem antes de escolher o curso. Escolha algo que você realmente sinta paixão! Eu sempre gosto de compartilhar essa historia:
Fizeram uma pesquisa em uma universidade (na Dinamarca, se não me engano) e separaram dois grupos. Um grupo era formado por pessoas que tinham velocidade de leitura mediana (igual a da população em geral) e outro grupo formado por pessoas que naturalmente liam mais rápido. Foi dado a esses dois grupos um curso de leitura dinâmica (nenhum deles conhecia as técnicas ainda). Resultado? O grupo que lia como a média teve um aumento de rapidez de 64% aproximadamente. Pare um tempo para pensar no aumento de rapidez do outro grupo... a maioria das pessoas me responde ‘’10% ou algo próximo?’’. Não!! O grupo teve um aumento de rapidez de leitura de mais de 600%!!! A conclusão que podemos tirar disso é que, quando você faz uma coisa que você não tem facilidade ou não tem vocação, você gasta muito mais energia fazendo aquilo e sempre vai chegar em um resultado mediano que não vai lhe agradar e não vai ser um diferencial.
Um exemplo bem claro disso são as famosas provas de matemática kkkkkkk seeempre tem aqueles que estudam mais ou menos e tiram 90-100 e tem aqueles que se matam de estudar pra conseguir o 60,0 da salvação (na faculdade é assim também, não se enganem). Sempre que você estudar você vai ter um aperfeiçoamento, afinal, têm aqueles 64% de melhoria. Mas imagina que legal fazer um curso que te jogue 600% pra cima? Que aproveite de fato o que você sabe fazer?
Claro que você pode se esforçar bastante e melhorar em qualquer coisa que decidir fazer, mas sabendo que não vai alcançar sucesso pleno! ‘’Duda, espera ai! E o que é sucesso? ?’’ Ter sucesso é ser referência naquilo que você faz, e eu acho que todo mundo deseja isso. Então se olhe no espelho hoje e pense ‘’O que eu sou bom? O que eu posso me dedicar para um upgrade de 600% e ser referência?’’.
Outro exemplo legal é no ballet. Eu estava conversando com uma bailarina esses dias e ela comentou que, por exemplo, para entrar no Bolshoi você precisa ter técnica e talento. Tem pessoas que treinam a vida toda e não conseguem entrar. Por que? Porque falta a parte do talento inerente que dá justamente aquele diferencial de 600% quando aliado a técnica. Então minha recomendação é, faça aquilo que você tem vocação, só assim você vai alcançar o verdadeiro sucesso. E tem mais uma coisa, o mundo precisa do SEU talento, não o desperdice sendo mais um profissional mediano.
- Maria Eduarda Santana (estudante de Engenharia na Poli - USP)
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