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O dia que eu sai da USP

  • Millena Brandão
  • 22 de nov. de 2015
  • 2 min de leitura

Ao entrar no curso de Direito do Largo de São Francisco da USP, tinha pouquíssima noção de como a grade acadêmica se estruturava; sabia apenas que existia uma divisão entre disciplinas obrigatórias, que deveriam ser cursadas em algum momento da graduação, e optativas (auto-explicativo). Depois de ingressar na faculdade, constatei que o sistema de organização interno era um pouco mais burocrático comparado à minha visão original. Por exemplo, a contabilização de créditos e o funcionamento dos programas de estágio foram grandes responsáveis por dores de cabeça e preocupações logo no primeiro período.


Antes de entrar na USP, apenas havia conversado, muito rapidamente, com uma conhecida que já cursava o quarto período de Direito lá. Através desse contato, consegui ter uma visão geral da vida universitária em si, mas detalhes sobre a organização administrativa, sistema de pontuação, estágios e afins não me foram passados. Entretanto, durante o meu primeiro período, pude tirar muitas das minhas dúvidas com essa veterana, sendo de grande ajuda o suporte que me foi dado.


Em relação à escolha do curso: Direito sempre foi um sonho de infância e, por isso mesmo, rodeado por idealizações e noções fantasiosas sobre a real atuação do bacharel em Direito. Eu não tinha conhecimento aprofundado sobre as matérias ofertadas, nem sobre sua distribuição entre os períodos; não sabia também quais eram obrigatórias ou optativas antes de entrar na faculdade, e, muito menos, sobre qual era o foco específico dado pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco para a minha formação jurídica. Sabia apenas que a USP, por ser uma instituição renomada e tradicional, ofertava um curso de Direito reconhecido por sua excelência e, portanto, estudar lá seria a melhor opção para o meu futuro. Essa visão, claramente simplista, não foi capaz de sustentar as decepções que tive com a grade curricular ofertada, com as deficiências da faculdade e da universidade e, também, com o desinteresse pelo curso.


Acredito que, apesar de ter conversado com muitas pessoas sobre a carreira e sobre a USP, ter vivenciado e tirado as minhas próprias conclusões foi determinante para que pudesse tomar algumas decisões. Assim, mesmo que todas as informações a que tive acesso durante a minha permanência na USP tivessem sido passadas antes da minha entrada, penso que ter tido a minha própria experiência foi o principal fator desencadeante para a minha escolha de curso atual. Apesar de ser desagradável, o erro também pode conduzir ao caminho mais adequado e, portanto, não desvalorizo o crescimento pessoal adquirido com isso.


Entretanto, penso que a maior quantidade de informações devem ser passadas para o pré-vestibulando, tanto relacionadas ao curso como à universidade pretendida. Isso reduziria o despreparo vivenciado por muitos calouros durante os primeiros períodos da faculdade, além de minimizaria as chances de escolhas de curso equivocadas.

-- Milena Brandão (ex-aluna da San Fran e atual aluna na Faculdade de Medicina da UFMG)

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